As meninas robóticas do governo
- 10 de jun. de 2019
- 2 min de leitura

Controladoria-Geral da União (CGU) lançou, em 2015, uma ferramenta para auxiliar na avaliação preventiva e automatizada de editais de licitação, intitulada “Análise de Licitações e Editais” (Alice).
A iniciativa testa trilhas de auditoria – possibilidades de inconsistências – nos editais publicados diariamente no Portal de Compras do Governo Federal.
A ferramenta Alice é de uso interno e contribui no planejamento de ações de controle da CGU.
Ela foi desenvolvida pelo Núcleo de Coordenação de Gestão de Sistemas e de Informação para Ações de Controle (DCINF) da Controladoria e é composta por três módulos.
O primeiro obtém e processa dados dos editais de licitação. No segundo módulo, são verificados os arquivos dos editais em busca de indícios de inconsistências como, por exemplo, a exigência de carta de credenciamento emitida pelo fabricante. Essa nova abordagem de análise textual do conteúdo do edital permite que sejam identificadas falhas não alcançadas pela análise de dados estruturados.

No terceiro módulo, que é um painel gerencial, são disponibilizados os dados dos editais de licitação e dos alertas produzidos. Nele, o usuário visualiza e analisa interativamente as informações agrupadas por trilha de auditoria, órgão e localidade. É possível, ainda, a exportação dos gráficos e dados analíticos em planilhas e outros formatos. Os dados são atualizados semanalmente, todas as segundas-feiras (cerca de 1.500 editais são publicados por semana).
A ferramenta Alice também encaminha semanalmente um resumo das licitações publicadas e das trilhas realizadas às unidades que optarem por monitorarem determinadas Unidades Administrativas de Serviços Gerais. A partir do uso, novas trilhas e funcionalidades serão criadas, futuramente, para aperfeiçoar a ferramenta.
Alice trabalha ainda com Sofia e Monica, outras duas companheiras robóticas que como ela não têm braços, pernas ou corpos de metal. São um conjunto de linhas de código que “vivem” nos sistemas do TCU. Elas “leem” o grande volume de texto produzido e analisado pelo tribunal para encontrar incongruências, organizar melhor as informações e apontar correlações.
Comments